Assim que terminou a apuração das eleições de 2010, no primeiro turno,
os lideres políticos de Cansanção, Arivaldo Pereira (PDT), Ranulfo Gomes (PMDB) e integrantes dos seus grupos, de olhos nos mapas de resultados publicados pela justiça eleitoral, projetavam os cenários para a disputa da eleição suplementar de 05 de dezembro.
A bolsa de apostas tem como protagonistas os cinco mais votados no pleito
para deputados federal e estadual. Na esfera federal, os candidatos apoiadores pelo grupo do Ari de Almerindo, obtiveram 5.725 votos, ou seja, o mais votado foi o ex-secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, com 5.090 votos e Fábio Souto, apoiado pelo Presidente da Câmara de Vereadores e candidato a vice-prefeito pela coligação “para Cansanção seguir em frente”, Júnior César Amando Silva (DEM), que ficou na 4º posição com 635 votos atual. O grupo do Ranulfo Gomes, somados os votos de Marcelo Guimarães Filho (4.283 votos – segundo colocado e apoiado diretamente por Ranulfo), José Paulo Crisostomo Ferreira (810 votos, terceiro colocado e apoiado por uma ala do PT) e Josias Gomes da Silva (321 votos, quinto mais votado e apoiado por outra ala do PT),
ficou na segunda colocação com 5.444 votos.
Quando avaliado o quadro o resultado para deputado estadual, o grupo do
Ranulfo Gomes lidera com uma margem de votos 659 votos, somando os votos
de Edvan Fernandes, conhecido por Vando, apoiado pelo Ranufo Gomes e
pelo vereador Vivaldo Ferreira da Silva (PTN), conhecido por Ví do Canário,
o mais votado do município com 4.627 votos e Fátima Nunes, a terceira mais
votada, com 1.339 votos. O grupo do Ari somou 5.307 votos, tendo na segunda
posição entre os mais votados, Roberto Carlos com 3.738 votos, Mário
Negromonte Júnior, apoiado pelo Vereador Cirilo Araújo Damasceno (PSC),
820 votos e Luciano Simões, 749 votos, apoiado pelo vereador Junior César
(DEM).
Em resumo, no resultado para deputado federal, o grupo do Ari levou uma
frente de 311 votos e para deputado estadual, os candidatos ligados ao
Ranulfo ganharam com 659 votos, tomando como base os cincos candidatos
mais votados no primeiro turno e observando as posições públicas assumidas
pelas lideranças que representaram os candidatos.
Após a eleição do segundo turno, uma nova eleição acontecerá no município
para definir o chefe do Executivo, de acordo com decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A cidade está sem prefeito desde o início de 2009, e coube ao
vereador Rivaldo Pereira, presidente da Câmara Municipal, manter a ordem até
a decisão judicial.
A polêmica começou quando o então prefeito Ari de Almerindo tentou a
reeleição, em 2008, mas teve o seu registro de candidatura negado pelo TSE
devido a irregularidades na gestão, que acarretaram na rejeição das contas
pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Em seu lugar, na véspera da
eleição, lançou seu sobrinho, Jarbas Ferreira de Andrade, que venceu, mas foi
cassado em um processo de falsificação de documentos – a ata da reunião que
homologou sua candidatura era falsa.
Por: Valdemí de Assis