Nesta quarta-feira,09, completa oito dias de greve dos professores da rede municipal de ensino de Monte Santo e também da ocupação da Prefeitura Municipal. São mais de 200 educadores aguardando uma posição da Prefeitura, mas que até o presente momento não aconteceu nenhum diálogo. O que aconteceu até agora foi a manifestação dos professores e a participação da secretária de educação em programas de radios justificando o motivo segundo a posição da secretaria. O que os profissionais da educação estão aguradando é o chamado por parte do municipio para iniciar o diálogo.
Na segunda-feira,07, os professores receberam a visita o advogado e diretor, da Diretoria de Organização da Executiva Estadual da APLB/Sindicato, Noildo Gomes, que parabenizou a classe pela iniciativa e ato de bravura por reivindicar o que segundo ele é de direito, no entanto, o mesmo entristeceu-se ao ficar sabendo que existe uma pequena minoria de professores que não acompanha o movimento e permanece em sala de aula.
O advogado se reuniu na sede da prefeitura de Monte Santo, “refúgio dos professores”, onde passaram a chamar de “QG”, (Quartel General), “espaço que nos faz lembrar o abrigo das forças de opressão e injustiça, que veio a dizimar Canudos, agora representa um sinal de esperança e liberdade”, disse coordenadora do movimento grevista.
Gomes foi questionado sobre o que acontecerá com professor que está em estágio probatório e o que implica se ele aderir à greve. Afinal, “Será ou não demitido?”
A resposta dele foi bem clara: “De forma alguma, pois, o período probatório é para analisar se o funcionário tem aptidão, capacidade ou não para a sua função, mas, demissão não!”.
A APLB SINDICATO núcleo Monte Santo lembra que deve continua a luta por uma educação de qualidade, com uma melhoria nas estruturas físicas, materiais didáticos e paradidáticos, qualidade na merenda escolar e investimento na pessoa humana. Reafirma ainda, que, uma educação de qualidade passa por um profissional aperfeiçoado, capacitado e valorizado.
Lembra também que é uma questão de honra e exemplo para os jovens, lutar pelo que é seu de direito. “Por isso, não abriremos mão do reajuste de 22,22% neste ano de 2012, como prevê a lei 11.738, e que em janeiro de 2013 teremos um novo reajuste de 20,8%”, afirma Maciel Andrade, professor e assessor de comunicação do movimento.
Noildo esclareceu também sobre o repasse da União 2011/2012. “É necessário ser rateado para os professores em efetivo exercício do magistério!”.
“Hoje, em Monte Santo, fala-se que o rateio foi um dos maiores do país, no valor de R$ 4.500,00 para 40h/aula. No entanto, não é o maior, pois a cidade de Gongolgi foi quem mais pagou, chegando a um valor de R$ 9 mil. Cabe ressaltar que a categoria enfaticamente, em momento algum, defende rateios, e sim que os salários sejam dignos da profissão, sendo o plano de cargos e salários o instrumento legítimo para assegurar o sucesso da carreira do magistério, e não rateios ocasionais, que servem de instrumento e propaganda política no entendimento dos gestores”, concluiu o advogado.
Nota de esclarecimento segundo o movimento grevista
O corte do salário do funcionário em greve.
Quando corta o salario esta dizendo para o professor não pagar os dias letivos, com isso não será cumprido os 200 dias letivos e se o professor pagar essa aula não será descontado essa aula.
Que fique bem claro você professor que está dando aulas para cinco ou seis alunos, depois será obrigado a repor essa aula para os demais alunos que faltaram no período da greve pois, são a maioria da sala.
Da redação * com informações de Maciel Andrade
Professores da rede municipal em greve permanecem na sede da prefeitura de Monte Santo