O ex-deputado federal baiano Luiz Argôlo foi condenado nesta segunda-feira (16) pela Justiça Federal no Paraná por crimes investigados na Operação Lava Jato. Ainda cabe recurso. Argôlo é o terceiro político a ser condenado no caso, depois de André Vargas e Pedro Corrêa.
Argôlo foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena considerada pelo juiz federal Sérgio Moro é de 11 anos e 11 meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, além de pagamento de multas que chegam a R$ 459.740.
Na mesma sentença, Moro não condenou o doleiro Alberto Yousseff e Carlos Alberto Pereira da Costa por corrupção e lavagem de dinheiro. Para o juiz, eles já foram condenados pelos mesmos crimes em outros processos já encerrados e não se aplicaria nova condenação.
O braço-direito de Youssef e também delator da Lava Jato Rafael Ângulo Lopez foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro. Argôlo foi absolvido da acusação de crime de peculato por falta de provas, segundo o juiz.
Preso
Atualmente, Luiz Argôlo está preso no Complexo Médico-Penal (CMP), na Região de Curitiba. A prisão preventiva dele foi mantida por Moro. Entre as justificativas do juiz, está o risco de Argôlo assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados, pois ele é suplente.
“Em liberdade, pode, a depender das circunstâncias, assumir o mandato parlamentar, o que seria intolerável. Não é possível que pessoa condenada por crimes possa exercer mandato parlamentar e a sociedade não deveria correr jamais o risco de ter criminosos como parlamentares”, disse o juiz.