Se o homem que não possui os dois rins há 3 anos, considerado a pessoa mais alegre do Distrito de Bandiaçu no Município de Conceição do Coité vive a felicidade plena todo dia, hoje (30/03) sua alegria aumentou quando esteve na Secretaria de Saúde do Município e ouviu do secretário da pasta Leonardo Mascarenhas, a boa noticia que o município estaria arcando com as despesas para realização do exame Uretrocistografia Miccional para avaliar a parte fisiológica da bexiga e uretra e a partir desse exame será avaliado se o paciente está ou não apto a receber o transplante de rins.
O secretário de Saúde disse que embora o paciente seja conhecido na unidade, ele particularmente, não sabia que Eriosvaldo Santana Carneiro nunca tinha feito esse exame por não ter condições financeiras, “logo que o Calila publicou a matéria fui um dos primeiros a ler, o telefone dele constava na reportagem e imediatamente liguei para ele me procurar na secretaria, na segunda, mas por motivo de viagem que fiz ou da parte dele porque precisa cumprir com rigor o tratamento em casa, só foi possível hoje pela manhã. Mas o importante que já estou com toda documentação dele e vou encaminhar o mais rápido para o IHEF em Feira de Santana”. Garantiu o secretário.
Eri como é conhecido, ele que vai completar 40 anos no mês de julho é casado e pai de única filha de 18 anos, tem um quarto nos fundos de sua residencia apropriado para ele realizar quatro vezes por dia de segunda a domingo o que é feito nas clinicas de hemodiálise. Ele sonha um dia voltar a urinar e matar sua sede, ” sinto sede desde que me foi retirado os dois rins há três anos. Só posso ingerir diariamente no máximo meio litro de liquido, incluindo suco, sopa, uma fruta, assim não consigo matar minha sede, mas fico na esperança de um dia poder sentar e beber de uma só vez um litro de água bem geladinha e matar minha sede”, falou com otimismo Eri.
A missão de Eriosvaldo é grande, pois mesmo que o exame aponte condições de receber rins via transplante, no Brasil, aproximadamente 35 mil pacientes com insuficiência renal crônica estão em tratamento pela diálise. Destes, somente três mil conseguem ser transplantados anualmente. A razão dessa longa fila de espera se deve ao pequeno número anual de transplantes renais. No Brasil, só consegue transplantar 10 % dos pacientes que estão na lista de espera. Ciente disso, ele não perde a esperança e disse que vai pensar está entre os que estão nos 10%.
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Redação CN
