O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso preventivamente há um ano, foi escoltado nesta segunda-feira (24) por agentes da Polícia Federal (PF) até o Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o depoimento de testemunhas no processo em que é acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O caso está ligado aos R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador ligado ao ex-ministro. Além dele, são réus no mesmo caso o deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, e a matriarca da família, Marluce Vieira Lima, bem como um ex-assessor, Job Ribeiro Brandão, e o empresário Luiz Fernando Machado.
Mais magro e vestido todo de branco, Geddel acompanhou o depoimento de duas testemunhas arroladas no processo por seu irmão. Acompanhado de membros da sua defesa, o ex-ministro deixou o local sem falar com a imprensa.
Foram ouvidos nesta segunda-feira os técnicos do Senado Thiago Nascimento Castro Silva e Marcos Machado Melo. Eles foram prestar esclarecimentos sobre a Medida Provisória 613. Ao juiz Paulo Marcos de Faria, eles disseram ter dado esclarecimentos sobre a MP, cuja tramitação foi “completamente normal, uma como qualquer outra”, afirmou Melo.
Segundo delação premiada do ex-executivo da empresa Odebrecht Cláudio Melo Filho, Lúcio Vieira Lima teria pedido e recebido vantagens financeiras em troca da aprovação da MP 613, que beneficiava a empresa Odebrecht por meio desonerações fiscais.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, autorizou que Geddel deixe a penitenciária da Papuda, onde está preso, para acompanhar todos os depoimentos no processo. O próximo a ocorrer deve ser o dele mesmo, marcado para 9 de outubro.