A partir de hoje, 06, até sábado, 10, Serrinha será palco da II Feira Literária Internacional de Serrinha (FELIS), evento gratuito que reúne mais de 100 atividades para crianças, jovens e adultos. Com o tema “Do som à palavra – Ancestralidade e resistência no Sisal”, a FELIS celebra a literatura baiana e brasileira a partir de um olhar descentralizado, inclusivo e afetivo.
Realizada pela Filarmônica 30 de Junho, pelo NACOM e pelo projeto Pensar Serrinha 150 anos, com apoio da UNEB e da Prefeitura Municipal de Serrinha, a FELIS integra o Programa Bahia Literária, coordenado pela Fundação Pedro Calmon, com fomento do Governo do Estado da Bahia, por meio das Secretarias de Cultura e Educação.
“A FELIS é muito mais que um evento literário. É uma construção coletiva e um gesto de cuidado com o território, com a memória e com a palavra. Fazer literatura no interior é também fazer justiça cultural”, afirma o curador da feira, Ricardo Ishmael, jornalista da TV Bahia e autor de obras como “A Princesa do Olhinho Preguiçoso”.
Para o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães, a FELIS é um exemplo da potência das políticas públicas do livro e da leitura no interior da Bahia. “Cada feira literária que acontece é uma biblioteca temporária a céu aberto, que vem sendo descentralizada e fortalecida nos mais diferentes cantos do Estado. A FELIS é prova de que investir em literatura é também investir em cidadania, em pertencimento e no direito à imaginação para todas as gerações. ”
Serrinha está localizada no território do sisal, a cerca de 190 km de Salvador e recebe a segunda edição da FELIS, cuja programação se inicia às 15h30, com a Conversa Literária com a renomada pesquisadora e educadora Lydia Hortélio: “Abre a roda, Tin Dô Lê Lê! – A cultura da infância na obra de Lydia Hortélio”, com mediação de Liu Marques, no espaço que leva seu nome e abriga toda a programação infantil da FELIS: a Tenda Lydia Hortélio (Praça Morena Bela).
Às 19h30, a potência do hip hop toma conta da FELIS, na Tenda Antônio Queiroz (localizada na Quadra do Rubem Nogueira), com a mesa “A vida nos ensina a caminhar – Memórias construindo futuros possíveis”, com MV Bill e mediação de Diarte Cria e Mucunã Acem
Na quarta-feira (07), a programação segue na FELISINHA, com a contação de história “Do som à palavra – Tecendo saberes ancestrais”, com Vovó Cici e mediação de Mãe Vanessa. Às 15h30, acontece o espaço de troca com a jornalista, escritora e atriz Tia Má (Maíra Azevedo), com mediação da educadora e pedagoga Marizete Barbosa.
Na Tenda Antônio Queiroz, às 09h30, será realizada a mesa “Falsolatria: Fake news e o culto à mentira”, com o escritor, jornalista e ativista Jean Wyllys, e mediação de Keila Simpson e Jarele Rocha, em uma conversa sobre desinformação. Ainda no mesmo dia, Antônio Torres e Juliana Araújo discutem as imagens do sertão na literatura brasileira.
Na quinta-feira (08), a FELISINHA recebe a contação de “Uma ideia amalucada”, com a escritora Renata Fernandes e mediação de Antônia Rosane. Entre os destaques do dia estão a performance e a oralidade com o SLAM das Minas, com mediação de Alícia Macedo, e o encontro vespertino entre Bule-Bule e Guilherme Machado, que refletem sobre o cordel como linguagem viva do sertão e da cultura do sisal, na Tenda Antônio Queiroz.
Neste mesmo dia, a FELIS promove o pré-lançamento do livro “Quinca no Mundo da Lua”, do curador, jornalista e escritor Ricardo Ishmael. Na sexta-feira (09), a FELIS apresenta a mesa “Entre elas – Palavra (en)cantada”, com Luana Souza, Luana Assis e Isabele, seguida pelo debate “Falo como sambo – Oralidade e ancestralidade em planta oração”, conduzido por Calila Mercês e George Roberto dos Santos. Na FELISINHA, pela manhã, acontece a contação de história com o livro “Charles, a estrela autista”, da escritora e educadora Celina Bezerra, com mediação da Pró Joaninha.
À tarde, a partir das 15h30, a programação continua com a contação “Brasil Mátria Amada – O feminino na poética de Ana Maria Machado”, mediada por Sirleide da Mota.
Encerrando a programação literária da sexta-feira, às 18h, na Tenda Antônio Queiroz (Quadra do Rubem Nogueira), será realizada a conversa literária “Fotógrafa das estrelas – A trajetória da serrinhense Thereza Eugênia na MPB”, com mediação de Ricardo Ishmael.
O sábado (10) começa com cinema, ancestralidade e luta. Às 8h, no Cine Cariri (Shopping Serrinha), a Sessão Cine Ilê exibe o documentário “Ilê Aiyê 50 anos e Movimento Negro AfroJamaica Serrinha – 16 anos: Trajetória de Resistência”, seguido de um bate-papo com Vovô do Ilê e Aristanan Pinto, mediado por Ricardo Ishmael.
Ainda pela manhã, na FELISINHA, a contação “Das moringas do sisal à moringa da Voinha”, com Ana Fátima, promete aquecer os corações com memórias, poesia e ancestralidade. A mediação será feita por Nicolly Rocha e Professora Judite.
Na Tenda Antônio Queiroz, às 10h30, o escritor Itamar Vieira Junior dialoga com Sandro Magalhães, diretor-geral da FPC/SecultBA, sobre território, memória e resistência, na mesa “A terra que nos sustenta”. Às 15h30, acontece a conversa literária “Resgatando identidades – A experiência do Favela 3D no combate às desigualdades”.
À noite, a FELIS se despede em grande estilo com o show de encerramento de Ilê Aiyê e AfroJamaica, gratuito, na Praça Morena Bela. A feira conta ainda com a Feira Livre FELIS, com editoras e autores locais; uma programação infantil dedicada no Espaço Felisinha, com contações de histórias e oficinas para crianças; atividades estudantis no Espaço Maria Firmina dos Reis; sessões de leitura e formação na Brinquedoteca da UNEB e nas Bibliotecas Paulo Freire (Campus XI) e Professor José Carlos dos Anjos (Campus XIV); além da presença do ônibus da Biblioteca de Extensão (Bibex), que leva acervo e atividades para a praça.
Programação completa:
@felis.serrinha
Realização: Filarmônica 30 de Junho, NACOM e Pensar Serrinha 150 anos
Apoio: UNEB, Prefeitura Municipal de Serrinha e Governo do Estado da Bahia, por meio da Fundação Pedro Calmon / SecultBA / SEC – Programa Bahia Literária
