Com uma bancada composta por sete, dos quinze vereadores que formam a Câmara Municipal de Euclides da Cunha, à oposição com todos parlamentares filiados ao PDT, se considera preparada para enfrentar o pleito de outubro e com chance real de vencer a eleição majoritária. A base vem montada desde que perdeu a eleição em 2012, sob a liderança do engenheiro Luciano Pinheiro Damasceno e Santos (PDT), como pré-candidato a prefeito.
“Dr. Luciano”, como é conhecido o democrata trabalhista, ingressou na vida púbica em 2007 como secretário de Obras e Infraestrutura, no ano seguinte, 2008, se elegeu vereador com o maior percentual de votos obtidos por um postulante ao poder legislativo, ou seja, 1.891 votos e em 2012 disputou a eleição para prefeito, obtendo 12.528 votos (41,99%), perdendo para a Social Democrática, que na época disputava a reeleição, Fátima Nunes.
Dr. Luciano falou ao CN que não desanimou após a derrota e ao longo dos quatro anos vem buscando apoio, ampliação da base e discutindo seu projeto para o município, segundo ele, atualmente conta com apoio de sete vereadores, 23 pré-candidatos a vereador, empresários de diversos segmentos e de entidades de classes, a exemplo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, com quem vai discutir os planos de governo para agricultura familiar que será apresentado na campanha e dos servidores públicos do município. Ele falou também que contará além do PDT, o qual é filiado, PRB, PV, PSB, PR, PTdoB, Solidariedade, PSDB e está conversando com o DEM e PMDB, para formação da coligação e a ideia é lançar 30 candidatos ao legislativo, sendo 21 homens e 09 mulheres.
Em 2012, a coligação formada pelo PDT, PT, PTB, PMDB, PSB, PSDB, PCdoB e PT do B elegeu os vereadores João Batista Pires Reis, mais conhecido por Tita da Embasa, Wilson Vitor, Luiz Péricles Rodrigues, “Pequinho Abreu”, José Humberto, “Mergulho” e Cláudio Pereira Lima. Destes, o vereador Pequinho Abreu, (PT) migrou para a base da situação e os vereadores Ireno Barreto, atual presidente da Câmara e o mais votado em 2012 como 5,84% dos votos válidos, Bolivar Francisco e Julles Breno, todos eleitos pelo PSD migraram para oposição.
O vereador Ireno Barreto falou ao CN que resolveu aderir a pré-campanha de doutor Luciano pelas propostas que vem apresentando a população e também por entender que a alternância de poder faz parte da democracia. Ele também destacou a experiência do democrata trabalhista na administração pública e mesmo fora do poder vem intermediando através dos gabinetes dos deputados apoiado por ele em 2014, ações importantes para o município.
Bolívar Francisco, vereador de sete mandatos, disse que entendeu que é hora de mudar e o politico só deve ficar em uma agremiação partidária até o momento que venha trabalhando e, segundo ele, o momento é de mudança. Bolívar sempre pertenceu ao grupo político liderado pelo deputado federal José Nunes esposo da prefeita, representa um colégio eleitoral importante do município que é a micro região de Ruylândia.
Com a morte do vereador Alírio Pereira da Silva, em fevereiro deste ano, Julles Breno assumiu a vaga e logo migrou do PSD para o PDT. Para Breno, a eleição vem sendo caminhada pelo rumo da renovação e isto contou com a sua decisão de mudar de partido.
O vereador Tita da Embasa deixou o PT e migrou para o PDT com objetivo de apoiar a pré-candidatura por causa das diversas conversas em torno do programa de governo relacionado ao social, principal carência do município. Tita relatou que sofreu perseguições quando funcionário da EMBASA e tratou o deputado federal, José Nunes, de “Coronel”.
José Wilson Matos Vitor, também foi eleito em 2012 pelo PT e deixou o partido por ocasião da “janela” e migrou para o PDT pela posição da legenda no município (PT) que decidiu apoiar a base da prefeita Fátima Nunes, contrariando a posição de 2012, quando o PT ficou na coligação contrária a chapa da prefeita que disputava a reeleição. “Com a ida do PT para base da prefeita, deixou de ter três vereadores e ficou apenas com um”, afirmou Wilson Vitor.
O vereador “Mergulho” foi o único vereador que se manteve desde que eleito em 2012 na legenda, ou seja, no PDT. O parlamentar atribuiu à vinda dos colegas de outros partidos para o PDT como gesto de confiança e garantiu que não serão decepcionados.
Neilton Rocha, conhecido no município pela militância na oposição, em 2012 foi ao palanque de Fátima Nunes e assumiu a administração do Hospital Municipal, mas ao conhecer a forma com a gestão estava sendo conduzida, resolveu sair e retornou a militância da oposição.
Redação CN / Fotos: Raimundo Mascarenhas
