O União Brasil decidiu nesta quinta-feira (18) fixar prazo de 24 horas para que seus filiados entreguem os cargos que ocupam no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida foi formalizada em uma resolução aprovada pela executiva nacional do partido, que prevê sanções internas para quem descumprir a determinação.
Na nota divulgada à imprensa, a legenda destacou que a decisão foi tomada por unanimidade. “Esse posicionamento, aliás, foi hoje unanimemente reforçado pela aprovação da resolução que determina aos filiados do União Brasil o desligamento, em até 24 (vinte e quatro) horas, dos cargos públicos de livre nomeação na Administração Pública Federal Direta ou Indireta, sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”, diz o texto. Entre as punições possíveis, está até a expulsão.
Atualmente, o partido controla o Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino (União-PA), e ocupa postos em diferentes órgãos federais. Sabino vinha tentando construir um acordo que evitasse a saída, mas não obteve êxito. O União também foi responsável pela indicação de Waldez Góes, hoje ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, e de Frederico Siqueira, das Comunicações, ambos ligados ao senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Apesar do endurecimento do prazo, a saída do partido já estava encaminhada. No início de setembro, após formar federação com o PP, o União havia decidido desembarcar do governo, mas sem estipular datas. A decisão ganhou força depois de agosto, quando Lula, em reunião ministerial, fez críticas ao presidente nacional da sigla, Antonio de Rueda, e cobrou maior alinhamento de ministros do União e do Progressistas.
A legenda já declarou que não apoiará uma eventual tentativa de reeleição de Lula em 2026. O União tem como pré-candidato o governador Ronaldo Caiado (GO), enquanto o PP trabalha pela construção de uma candidatura em torno de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos.
NOTA OFICIAL
União Brasil, por meio de sua Executiva Nacional e de suas Lideranças na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, manifesta irrestrita solidariedade ao Presidente Antonio Rueda, diante de notícias infundadas, prematuras e superficiais que tentam atingir a honra e a imagem do nosso principal dirigente.
Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federal movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias partidárias.
Tal “coincidência” reforça a percepção de uso politico da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo.
Esse posicionamento, aliás, foi hoje unanimemente reforçado pela aprovação da resolução que determina aos filiados do União Brasil o desligamento, em até 24 (vinte e quatro) horas, dos cargos publicos de livre nome ação na Administração Pública Federal Direta ou lndireta, sob pena de prática de ato de infidelidade partidária.
União Brasil seguirá atuando em sintonia com os anseios da sociedade brasileira e jamais se intimidará diante de tentativas de ataque a seus dirigentes.
União Brasil Nacional
Fonte: Correio