Território da Bacia do Jacuípe – A população de Mairi, no território da Bacia do Jacuípe, vem enfrentando sérias dificuldades para conseguir atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). As reclamações se concentram na demora e na falta de retorno por parte da central de regulação do SAMU, localizada em Irecê, no centro norte da Bahia e cerca de 248 quilômetros de distância.
Na madrugada da última segunda-feira, 6, um acidente na BA-130, entre Mairi e Baixa Grande, evidenciou o problema. Um motociclista caiu na Curva do Sebo e ficou ferido. Populares tentaram contato com a central do SAMU diversas vezes, mas as ligações não foram atendidas. O socorro só ocorreu posteriormente, quando o homem foi levado ao hospital local.
O episódio reforça a insatisfação dos moradores com o atendimento prestado pela central de Irecê, que é responsável por autorizar o envio de ambulâncias das bases regionais. Muitos consideram o serviço ineficiente e demorado, sobretudo em situações de urgência, quando cada minuto pode fazer diferença.
Vale destacar que existem bases do SAMU mais próximas, inclusive dentro do mesmo território da Bacia do Jacuípe. Um exemplo é a base de Ipirá, que fica a cerca de 87 quilômetros de Mairi, o que poderia agilizar o tempo de resposta se houvesse maior integração entre as unidades.
Outro ponto levantado pela população é a dificuldade de contato telefônico em algumas comunidades rurais, onde não há sinal de operadoras de celular, apenas acesso à internet via Wi-Fi. Nesse sentido, moradores sugerem que o SAMU disponibilize também um canal de atendimento via WhatsApp ou outro aplicativo, para facilitar o acionamento em casos de emergência.
A criação de um canal alternativo e o fortalecimento da rede regional de atendimento são medidas vistas como urgentes para garantir que a população de Mairi e região tenha acesso rápido e eficiente ao serviço de urgência médica.
Redação CN * colaborou Agmar Rios