A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) e a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) selaram na sexta-feira (6) uma parceria que vai arborizar 10 cidades baianas com espécies nativas e frutíferas. O projeto será iniciado em 2026 pelo município de Barreiras, no oeste do estado, que receberá mil mudas de espécies da Caatinga e do Cerrado, além de árvores frutíferas e madeireiras.
Para celebrar o acordo, seis mudas foram plantadas simbolicamente no Parque de Exposições de Salvador durante a Fenagro, logo após a assinatura do termo de cooperação. As mudas representam as 200 doadas pela ABAF que serão destinadas à arborização do parque.

Para o secretário Pablo Barrozo, a parceria simboliza o compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento responsável. Segundo ele, a cadeia produtiva de base florestal da Bahia é exemplo desse compromisso, crescendo de forma responsável. “Esse crescimento permite que avancemos enquanto sociedade, mas principalmente como seres humanos que cuidam do meio ambiente”, completou.
“O projeto de arborização funcional visa aproximar as pessoas da natureza nas cidades, melhorar o clima urbano e o bem-estar da população”, explica o secretário. A Seagri orientará as prefeituras sobre espécies e manejo das mudas, além de capacitar as equipes municipais. A ABAF fornecerá as mudas e apoiará a mobilização comunitária. Um comitê de acompanhamento elaborará relatórios periódicos sobre os avanços.
O diretor-executivo da ABAF, Wilson Galvão Andrade, ressaltou que a parceria demonstra o compromisso ambiental do setor florestal. “São plantadas 286 mil árvores por dia no Brasil, seguindo uma meta de preservação equilibrada. Para cada hectare de eucalipto ou pinus plantado, mantemos um hectare de área preservada”, afirmou. A prática cria corredores ecológicos e resulta em um estoque de 4,9 bilhões de toneladas de carbono no país.

Arborização funcional – O projeto de arborização funcional vai além do paisagismo convencional ao unir critérios técnicos e benefícios ambientais. “Não se trata apenas de plantar árvores, mas de planejar o uso das espécies certas, nos locais adequados, para garantir sombra, conforto térmico, controle de enchentes, abrigo para a fauna e até estímulo à saúde mental da população”, explicou Paulo Sérgio Ramos, engenheiro-agrônomo da Seagri.
As espécies nativas do Cerrado e da Caatinga escolhidas são naturalmente adaptadas ao clima e ao solo da região, oferecendo maior resistência a pragas, doenças e eventos climáticos extremos. Essas árvores trazem benefícios práticos: reduzem o calor nas ruas, aumentam a umidade do ar, oferecem sombra e filtram poluentes. Além disso, atraem pássaros e outros animais, criando corredores verdes que conectam as áreas urbanas com a natureza ao redor.
Fonte: SEAGRI




