O nível de satisfação de baianos com as polícias Militar e Civil foi o mais alto em comparação com outros seis estados e o Distrito Federal, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Conforme o Índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), levantado pela FGV para integrar a 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, dos entrevistados baianos 54% estão satisfeitos com a PM, e 50%, com a Polícia Civil.
Mas os dados foram colhidos apenas no 2º trimestre de 2013 (abril, maio e junho). A assessoria da FGV não soube informar quantas pessoas foram ouvidas para se chegar a este resultado no estado.
A avaliação baiana destoa do número nacional: de acordo com a mesma pesquisa, sete em cada dez pessoas no Brasil disseram não confiar na polícia.
O número nacional é maior que o registrado no ano passado, quando quatro a cada dez brasileiros entrevistados confiavam na polícia. O estudo nacional ouviu 6.600 pessoas de julho de 2012 a junho deste ano.
Além da Bahia, os dados foram coletados por meio de entrevistas feitas no Amazonas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Os pernambucanos foram os menos satisfeitos com a polícia. De acordo com o estudo, 27% disseram que acreditam no trabalho da Polícia Militar, e 25%, no da Polícia Civil do estado.
Pacto pela Vida
Para o diretor de imprensa da Polícia Militar, o coronel Gilson Santiago, o “elemento primordial” para o resultado é o programa estadual de segurança Pacto pela Vida, responsável por ações como a implantação das bases comunitárias de segurança. “É um processo progressivo de melhoria da qualidade”, destacou o coronel. Santiago ressaltou ainda as ações da PM, de salvamento, treinamentos e qualificações.
“É uma confiança que se conquista a cada dia. Tem relação com as atividades. Resultado de operações no que tange à repressão aos crimes de homicídio e tráfico de drogas”, acrescentou o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge.
Sobre a outra metade dos entrevistados que disseram estar insatisfeitos, Hélio Jorge afirmou que é necessário “avaliar” se diz respeito a infraestrutura ou atendimento. Para o professor e pesquisador do Programa de Gestão e Estudo de Segurança Pública da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o coronel Antônio Jorge Mello, uma das razões que podem explicar a satisfação de baianos pode ser o policiamento mais próximo dos moradores com as bases comunitárias de segurança (BCS).
“Mas é um resultado que teria que ser investigado melhor. Teria que saber de quais bairros os entrevistados foram ouvidos”, destacou o especialista em segurança.
Com informações do A Tarde*