Não é nenhuma novidade ver por aí gente trabalhando justamente no 1º de maio, dia Internacional do Trabalhador. Para quem não sabe, a data foi instituída em 1886 quando uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, chamou atenção. A pauta era a redução da carga horária de trabalho. Lembra-se também nesta data de São José Operário ou José de Nazaré no calendário litúrgico.
Para celebrar o dia, o Bocão News conversou com algumas figuras representativas na Bahia e em Salvador. Rui Oliveira, presidente da APLB-BA, lembra que esta é uma data em que se comemora a resistência ao capital.
Esse dia é internacional de luta, em todo o mundo se comemora a resistência ao capital, que só quer sugar sua mais valia. É um dia de reflexão. Temos um congresso nacional onde os trabalhadores é minoria absoluta, só se vê empresário e isso não é bom. Lá existem propostas pra acabar a CLT, flexibilizar direitos. Então, não adianta brigas entre classes porque isso só faz enfraquecer a luta e quem vai gostar disso é o patrão. Hoje vou à comemoração dos trabalhadores no Pelourinho, vou prestigiar, levar meu filho e fazer uma reflexão de que vale a pena continuar lutando e lembrar o que disse Marx anos atrás ‘trabalhador unido jamais será vencido’.
Já Melquezedeque Souza, que está a frente do Sindguarda, lamenta o não reconhecimento do exercício de sua classe, a dos guardadores de carros. Ele aproveita o dia para lembrar as pessoas que esta é uma profissão regulamentada.
Espero que o dia de hoje seja lembrado com reflexão para que nos outros dias os guardadores, que são marginalizados, venham a ter seus direitos respeitados. Apesar de guardador de carros ser uma profissão regulamentada. Todos os trabalhadores se esforçam para tomar conta do bem dos usuários e merecem respeito.
Com mais representatividade social que os guardadores de carros, por exemplo, o presidente do Sindmed, Francisco Magalhães, também lembrou o reconhecimento dos médicos do país. Para ele, apesar dos avanços, essa questão ainda deixa a desejar.
No Dia do Trabalhador eu diria que, apesar de avanços que acontecem, ainda deixa muito a desejar. Especificamente em relação a categoria, a maioria hoje vive sob precarização e sem o reconhecimento de direitos. Apesar de ser uma das profissões mais antigas do mundo, o médico hoje atual em total precarização. Trabalhamos em péssimas condições, adoecendo e não dando o atendimento que desejaríamos às pessoas.
Nair Goulart, representante da Força Sindicato, teceu um comentário para todos os trabalhadores do Brasil. Ela pede que a vontade de lutar por melhorias jamais enfraqueça e faz um alerta ao governo Federal.
O primeiro de maio é um dia mundial de luta e que serve de reflexão para os trabalhadores em todo o mundo sobre a situação que a classe vive hoje atualmente. Nós brasileiros temos alguns avanços em nosso país, mas ainda falta muito a conquistar. Estamos nas ruas levantando as bandeiras do trabalhador. Lutamos Por um trabalho digno, com condições de saúde, igualdade de oportunidade e que de dignidade a classe. Nós estamos levantando um manifesto para que o governo Federal nos atenda. Atenda a agenda dos trabalhadores e venha dialogar.
Presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia, Marinalva Nunes lembrou as más condições de trabalho do servidor público e a importância do voto neste ano de eleição.
Que esse dia sirva para o trabalhador ostentar sua valorização como atuantes nos serviços públicos para o bem da sociedade infelizmente não reconhecido pelo executivo. Acumulamos perdas salariais, defeituosos planos de carreira e falta de condições de trabalho. Esse ano por exemplo, só iremos atingir o salario mínimo em julho. A própria valorização que Dilma ostentou ontem na TV não chega para os servidores aposentados e pensionistas. Este é um dia de luta, reflexão e valorização do título de eleitor, porque este é um ano de eleição, em que daremos uma resposta.
Redação:CN*Informação: Bocão News