Desde o início da corrida eleitoral na Bahia, 49 candidatos a prefeito abandonaram o páreo ou foram impedidos judicialmente de continuar na briga, de acordo com levantamento feito pela Satélite na base de dados do TSE. Até ontem(10), 28 deles haviam renunciado à candidatura. Entre os quais, três ex-prefeitos: Raimundo Caires (PP), de Paulo Afonso; Jorginho Castellucci (PSB), de Salinas da Margarida; e Tânia Portugal (PCdoB), de São Sebastião do Passé. O restante teve o registro indeferido ou cancelado em definitivo pela Justiça Eleitoral por ausência de documentos e requisitos exigidos na legislação, enquadramento na Lei da Ficha Limpa ou condenação por abuso de poder.
Comissão de frente
PT e PSB lideram o ranking dos partidos com a maior quantidade de filiados considerados inaptos para concorrer à sucessão deste ano, com seis nomes cada. Em seguida, estão PSD (cinco); Solidariedade, PCdoB e DEM (quatro); PP e PDT (três). Os demais tiveram dois ou só um candidato na lista de excluídos.
Mais do mesmo
Na soma geral, a Bahia acumula 1.483 candidatos que saíram do jogo durante o período eleitoral. Fora a tropa que estava na batalha para prefeito, há 79 concorrentes a vice e 1.355 a vereador. Ainda de acordo com o balanço mais recente do TSE, 894 foram alvos de indeferimento, 558 renunciaram e 13 não tiveram o pedido conhecido pela Justiça. Ocorreram também dez cancelamentos de registro e oito falecimentos.
Top five
O PT aparece novamente em primeiro lugar entre as siglas que acumularam o maior número de candidatos inaptos no estado, com 135 nomes. PSD e PP ocupam a segunda e terceira colocações, com 118 e 105, respectivamente, seguidos por PSB (92) e PCdoB (77).
Em cima do telhado
Outros 32 candidatos à prefeitura foram indeferidos, contudo, recorreram à Justiça para permanecer na disputa até julgamento definitivo. O caso mais complexo é em Itabuna, onde o atual prefeito, Fernando Gomes (PTC), e um ex, Geraldo Simões (PT), concorrem sub judice.
Fiel da balança
Deputados baianos com vasto conhecimento sobre as guerras de poder no Congresso garantem que as próximas avaliações sobre a popularidade do presidente Jair Bolsonaro terão peso decisivo no confronto pelo comando da Câmara. Caso ele segure os índices positivos, o parlamentar ungido pelo centrão, Arthur Lira (PP-AL), continuará vivo no front. Por outro lado, a queda de Bolsonaro, no rastro de eventuais desgastes causados após a derrota de Donald Trump nos EUA, fortalecerá de vez o grupo liderado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ponto de bala
Integrantes da Faroeste no Ministério Público Federal garantem que, passado o segundo turno, a operação será retomada de imediato. Agora, com foco voltado para novos alvos.
“Precisamos deixar de hipocrisia e propor soluções ousadas para reativar a economia. As pessoas já jogam, mas o Brasil não arrecada e não gera emprego formal” – Angelo Coronel, senador pelo PSD da Bahia, ao defender a polêmica proposta de legalizar a exploração de cassinos em resorts e de todo tipo de jogatina no país, área historicamente sob controle do crime organizado.
Fonte: Correio