A decepção profunda de Zé Ronaldo pelo fato de ter sido preterido por ACM Neto na composição da chapa do União Brasil ao governo da Bahia parece ter dado lugar ao entendimento.
Segundo fontes ligadas ao ex-prefeito de Feira de Santana, ele teria aceitado coordenar a campanha, como um prêmio de consolação. A paz deve ser selada em encontro marcado com Neto para esta quarta-feira, 10.
A situação de Zé Ronaldo, assim como a do deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos), que também nutria esperança em ser vice, já era esperada no meio político. Para Lúcio Vieira Lima, umas das lideranças do MDB, Neto sabia que iria contrariar interesses, mas que as insatisfações não dariam em nada.
“Esse é o ‘modus operandi’ do serial killer da política, que vai deixando as coisas pra definir no último momento e retirando o livre arbítrio de cada um, a opção de escolha. Eu mesmo tive oportunidade de dizer aos dois [Zé Ronaldo e Marcelo Nilo] que isso iria ocorrer, até porque eu já fui vítima dessa estratégia. Não foi por falta de aviso”.
Alijado da chapa, Zé Ronaldo teria sido cortejado por adversários de Neto a trocar de lado. Lúcio Vieira Lima diz que não foi o caso do MDB, pois seria mais um partido a ficar com “cara de paisagem”. Mas, ele revelou que houve uma conversa com o ex-prefeito de Feira de Santana antes das definições dos apoios partidários nas eleições.
“Ele esteve comigo, inclusive na casa de Geddel, desejoso em vir para o MDB por achar que assim garantiria uma vaga na chapa majoritária. Eu disse a ele que o MDB não funcionava assim. Que ele era um quadro muito bem-vindo, mas sem nenhum compromisso de ser indicado para essa ou aquela posição”, explicou.
Fonte: A Tarde