Arena Fonte Nova lotada, recorde de público, gol no início do jogo e inúmeras chances criadas. No fim, o Bahia mostrou que não merece a torcida que tem, e a confirmação sobre o retorno à primeira divisão vai ficar para a última rodada da Série B. Nesta sexta-feira (28), o tricolor precisava ganhar do Guarani, na Fonte Nova, para selar matematicamente a classificação e não conseguiu. O time saiu na frente, com Lucas Mugni, e sofreu o empate em 1×1 no fim do segundo tempo.
Apesar de ainda não cravar a vaga na Série A, o Bahia está muito perto de subir. O ponto conquistado deixou o Esquadrão no 3º lugar com 59 pontos, mesma pontuação do Vasco, 4º colocado. Ainda pode ser alcançado em pontos pelo Sport, que venceu o Operário no Recife e foi a 56. O Leão pernambucano, no entanto, terá que tirar a diferença no saldo de gols, que atualmente é de 13 a 6 a favor do tricolor.
O Bahia também pode ser alcançado pelo Ituano, que foi a 57 pontos ao vencer o Londrina e assumiu a 5ª colocação. No entanto, o time paulista fará confronto direto com o Vasco, o que é bom para o tricolor, pois torna improvável que seja ultrapassado pelos dois.
A última rodada terá jogos simultâneos no domingo da próxima semana, dia 6 de novembro. O Bahia visita o CRB às 18h30, no estádio Rei Pelé, em Maceió; o Sport vai a Goiânia enfrentar o Vila Nova; e o Vasco joga contra o Ituano, em Itu.
Empurrado pela torcida, o Bahia começou o jogo ligado no 220, como se diz em bom baianês, e pressionando o Guarani no ataque. Para se ter uma ideia, antes dos cinco minutos o tricolor teve uma grande chance com Ignácio e um gol de Davó anulado por impedimento. A pressão fez efeito aos nove minutos.
Em jogada na área, o zagueiro Derlan fez falta em Matheus Davó. O VAR chamou o árbitro de campo e após revisão o pênalti foi confirmado. Lucas Mugni foi para a bola e bateu com estilo para abrir o placar e aumentar a temperatura do caldeirão que se transformou a Fonte Nova.
A vantagem deu ainda mais controle de jogo ao Bahia, que pouco foi ameaçado pelo Guarani no primeiro tempo. Na melhor chance do time paulista, Luiz Henrique apareceu em cima da linha e conseguiu salvar.
Depois do início frenético, o Esquadrão segurou o ritmo. O time baiano voltou a pressionar nos minutos finais da primeira etapa, mas o placar não foi alterado.
FRUSTRAÇÃO NO FIM
O Guarani voltou para o segundo tempo disposto a pressionar o Bahia. O alviverde apostava na bola longa para tentar surpreender a defesa tricolor. O duelo então se inverteu, com o Guarani tomando conta da partida e preocupando os tricolores.
Aos 12 minutos, Mateus Claus fez uma defesa que valeu como um gol depois da cabeçada o zagueiro João Victor. Os jogadores do Guarani reclamaram de que a bola teria passado a linha, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
Nas arquibancadas, a torcida tricolor voltou a cantar alto para empurrar o time. No campo, Eduardo Barroca colocou Raí e Rezende nas vagas de Caio Vidal e Ricardo Goulart, respectivamente. Quando o Bahia reapareceu no ataque, foi o goleiro do Bugre quem decidiu operar milagres.
Kozlinski salvou o Guarani no chute de Matheus Davó e logo depois fez uma defesa sensacional na cabeçada de Ytalo, que havia acabado de entrar em campo.
O Bahia parecia cada vez mais perto de confirmar o acesso, mas aos 39 minutos os tricolores receberam um banho de água fria. A arbitragem pegou um toque no braço do volante Miqueias no chute de Ludke. Após a revisão, o pênalti foi confirmado e Yuri Tanque deixou tudo igual na Fonte Nova, impedindo matematicamente o acesso do Esquadrão.
Fonte: Correio