O autor Mateus Ântoni Rúbia lança no dia 14 de março, dia de nascimento do poeta Castro Alves, quando antes era comemorado o Dia Nacional da Poesia, o romance,“amor,” editado pela Editora Viseu. Esse título narra um inesperado amor juvenil em meio ao distanciamento imposto pela pandemia de Covid-19. O evento acontece na Câmara de Vereadores de Retirolândia, cidade do sertão baiano, no Território do Sisal, localizada a 230 quilômetros da capital, Salvador.
A história é um relato do encontro entre dois jovens, João e Maria, que vivem um romance surgido e experimentado no sertão baiano, uma paisagem bastante incomum a muitos brasileiros país afora, dotada do seu próprio charme e beleza únicos, e vivido no litoral da capital baiana. Porém, essa paisagem incomum muito sobre o autor da obra, nascido e crescido na pequena cidade do interior da Bahia.
“Minhas primeiras relações de vida e amor foram vividas em suas ruas, em suas lanchonetes, nas praças, nas roças. Aqui é por onde eu botei o pé no mundo”, destaca Rúbia. “O amor aqui, vale destacar, não está entre vírgulas só no título, já que o aparecimento de um novo vírus coloca a vida normal em um hiato, como colocou a nossa. Assim, os jovens apaixonados começam a tentar encontrar respostas para a grande dúvida do momento: a vida e esse amor vão sobreviver ao distanciamento?”
Amor, é o segundo livro de Mateus Ântoni, que já teve poesias e contos publicados também em antologias e veículos jornalísticos de sua região. Para ele, lançar um livro a partir do seu lugar de origem é uma oportunidade de mostrar aos seus conterrâneos que as mãos do interior do Brasil são tão capazes de produzir arte quanto as de um jovem da capital, do Sul do país ou de um país dito de primeiro mundo. Porém, tal empreitada não ocorreu sem desafios. Segundo o autor, o maior deles foi “Lidar com a angústia, o medo e o luto sem sucumbir a eles, mas fazendo, deles, arte.”
A obra reflete as próprias experiências do autor durante o isolamento socialmente imposto, sendo que seu título pode ser colocado a um tempo como reflexo de um paradoxo ou mesmo uma ironia, pois “imagine o azar de se apaixonar por alguém em meio à pandemia?”. Todavia, em meio ao medo, à insegurança, Ântoni destaca que a arte é exatamente isto: colocar aos olhos do leitor a realidade sobre as perspectivas possíveis, mesmo as mais assustadoras, as desconcertantes, as desafiadoras, e, principalmente, as que buscam a beleza em meio a tudo isso.
Da Assessoria