Na última sexta-feira, 9 de maio, o município de Nordestina, no Território do Sisal, celebrou seus 40 anos de emancipação política e administrativa. A data marca a trajetória de um povo sertanejo que, com coragem, resistência e união, consolidou sua identidade e impulsionou o desenvolvimento regional.

Criado oficialmente em 9 de maio de 1985, por meio da Lei nº 4.449, sancionada pelo então governador João Durval Carneiro, Nordestina foi desmembrado do município de Queimadas. Antes da emancipação, a localidade era conhecida como Cajueiro, nome originado da Fazenda Cajueiro, onde se formou o núcleo urbano da cidade.

A instalação do município ocorreu em 1º de janeiro de 1990, com a posse do primeiro prefeito eleito, Nélio Amanbay. A escolha do nome “Nordestina” foi uma homenagem à identidade cultural do povo nordestino.
Crescimento político e administrativo

Atualmente, Nordestina é administrada pela prefeita Eliete de Andrade Araújo, conhecida como Eliete de Ito (PSD), reeleita em 2024 com 4.420 votos (50,65% dos votos válidos). Seu vice é Teobaldo Santana da Silva, o “Neguinho”. Ao longo dos 40 anos de emancipação, o município foi governado por cinco prefeitos — entre eles, Wilson Araújo Matos, o “Ito”, que exerceu quatro mandatos e tem forte influência na política local.
Em 2025, a Câmara de Vereadores passou de 9 para 11 cadeiras, reflexo do crescimento populacional.
Celebrações e presença política
As comemorações começaram ainda de madrugada com a tradicional alvorada, seguidas por atividades esportivas como maratona e ciclismo. Houve também missa solene e o hasteamento das bandeiras.

Estiveram presentes na solenidade o deputado estadual Alex da Piatã (PSD) e o ex-deputado Luciano Simões. Em entrevista ao Calila Notícias, Alex da Piatã disse ter participado de várias edições da festa, até mesmo antes de ingressar na vida pública e relembrou os desafios enfrentados em períodos de oposição e durante a pandemia. Para ele, Nordestina é símbolo de superação.
Papel estratégico e riqueza mineral
Nordestina se destaca nacionalmente por abrigar a Mina Braúna, maior jazida de diamantes do Brasil e da América Latina. Descoberta em 2013, a mina é operada pela empresa Lipari Mineração e transformou a cidade em polo estratégico da mineração nacional.

A economia local também é marcada pela agropecuária e pela presença de fósseis pré-históricos, o que reforça a importância arqueológica da região.
Cultura e tradição
A cultura nordestinense é celebrada com força em Nordestina. A cidade preserva festas populares, como a dedicada a São João, padroeiro do município. A Praça Tertuliano de Souza Pereira, onde está a Igreja Matriz, é o principal ponto de encontro da população e a Praça de Eventos, cerca de 200 metros onde tudo acontece no que diz respeito a grandes festas.

Outro ato marcante na história de Nordestina tem sido o bolo em comemoração ao aniversário da cidade, que começou com 12 metros no primeiro ano de gestão de Ito (1997) que se inspirou em São Paulo onde ele morou até 1975. Este ano chegou aos 40 metros –

Clique aqui e veja a reportagem especial do bolo. Ex-prefeito Ito conta como tudo começou
Outros municípios baianos em festa
Além de Nordestina, outros municípios baianos também celebraram aniversário de emancipação em 9 de maio, como:
Arataca (Litoral Sul)
Barro Alto, Jussari, João Dourado, Lapão (Território de Irecê)
Capim Grosso, Pintadas (Bacia do Jacuípe)
Buritirama (Bacia do Rio Grande)
Filadélfia (Piemonte Norte do Itapicuru)
Maetinga (Sudoeste Baiano)
Rafael Jambeiro (Piemonte do Paraguassu)