Neste 5 de junho, o mundo volta os olhos para uma das maiores ameaças ambientais da atualidade: a poluição plástica. A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025 a urgência de acabar com o plástico descartável, que representa cerca de dois terços de toda a produção global. O problema é gigantesco: estima-se que um copo plástico leve até 400 anos para se decompor. Ou seja, um objeto utilizado por segundos pode permanecer no meio ambiente por séculos, afetando ecossistemas, oceanos e até a saúde humana.
Embora a escala do desafio seja global, as soluções passam por decisões locais — e o setor produtivo tem um papel central nesse movimento. Um exemplo é o da Binatural, empresa brasileira especialista na produção de biodiesel, que nos últimos três anos conseguiu reduzir em 77% o uso de copos descartáveis em suas unidades, de 325,8 mil unidades por ano, em 2021, para apenas 74,8 mil em 2024. O resultado foi alcançado com medidas simples, como a distribuição de garrafas reutilizáveis a todos os colaboradores, aquisição de copos reutilizáveis nos refeitórios e copas, distribuição de copos e canecas individuais, além de campanhas de educação ambiental internas.
Considerando o tempo de decomposição, trata-se de uma economia de mais de 288 mil copos plásticos que poderiam permanecer no meio ambiente até o ano 2425. Essa quantidade representa aproximadamente 1,7 tonelada de plástico, o equivalente a evitar entre 2,5 e 5 toneladas de CO₂ na atmosfera — similar à emissão de um carro rodando cerca de 20 mil km. “Essa iniciativa é um exemplo de como pequenas mudanças podem gerar grandes resultados. Cada copo que deixamos de descartar hoje é um plástico a menos para o meio ambiente. A mudança começa no micro, mas o impacto é coletivo e duradouro”, afirma André Lavor, CEO e cofundador da Binatural.
A crise climática já não é uma previsão futura, mas uma realidade presente: 7 milhões de mortes por ano no mundo estão ligadas à poluição do ar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante disso, a Binatural defende que empresas do setor energético devem assumir um protagonismo real. O biodiesel, por exemplo, reduz em 90% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao diesel fóssil, sendo uma das soluções mais eficazes e viáveis para a descarbonização da matriz energética brasileira.
“Enquanto o mundo se prepara para a COP30, acreditamos que o setor de energia renovável tem o dever de liderar pelo exemplo — com práticas de economia circular, redução de resíduos e compromisso real com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Nossa produção de biodiesel já evitou a emissão de 7,48 milhões de toneladas de CO₂ — o que equivale ao plantio de mais de 52 milhões de árvores. É assim que transformamos energia limpa em impacto climático mensurável”, diz Lavor.
A companhia também investe em rotas logísticas sustentáveis, como o projeto pioneiro com a Catto Transportes. Trata-se de uma das primeiras operações do país com caminhão abastecido 100% com biodiesel (B100), transportando insumos renováveis utilizados na própria produção. Um verdadeiro ciclo regenerativo em movimento.
Estes são alguns dos exemplos de boas práticas adotadas pela empresa, que também aposta no reaproveitamento de resíduos, como óleo de cozinha usado (UCO, da sigla em inglês). Em 2024, 20 mil litros de UCO foram usados na produção de biodiesel, o que evitou a contaminação de 503,3 bilhões de litros de água, equivalente a mais de 201 mil piscinas olímpicas, gerando uma economia de R$ 2 bilhões em tratamento de água em 2024.
“Nossa agenda é clara: menos impacto, mais regeneração. Reduzir plásticos, reaproveitar resíduos e inovar com responsabilidade são compromissos inegociáveis. Queremos transformar o setor de energia renovável em um exemplo de economia circular viva — que respeita o planeta, move a economia e gera inclusão social”, conclui Lavor.
Mais do que uma data simbólica, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um convite à transformação. E a experiência da Binatural comprova que o compromisso com o planeta não exige grandes revoluções, mas sim a escolha consciente de fazer diferente todos os dias. Um copo a menos. Uma ideia a mais. Um futuro mais limpo e regenerativo começa assim.
Por: Tatyane Mendes