A Bahia obteve a segunda maior taxa de mortes violentas intencionais (MVI) no ano passado. O estado registrou 40,6 mortes por 100 mil habitantes durante 2024, segundo dados do Anuário da Violência 2025. No levantamento acessado pela reportagem do Bahia Notícias, parceiro do Calila, o território baiano ficou atrás somente do Amapá, que notificou uma taxa de 45,1 por 100 mil habitantes.
Atrás da Bahia, que liderou o ranking do Nordeste no MVI, aparece o Ceará (37,5 por 100 mil), Pernambuco (36,2 por 100 mil) e Alagoas (35,4 por 100 mil). Neste mesmo período, a capital baiana registrou 733 mortes violentas intencionais em números absolutos. Porém, Salvador não esteve entre as dez cidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes com as maiores taxas de MVI.
De acordo com o estudo, conflitos e tréguas entre facções podem desencadear aumentos ou quedas abruptas nesses índices de violência. Os números da Bahia foram na contramão dos obtidos no país. Conforme a pesquisa, a partir de 2018, o Brasil iniciou um ciclo de redução das mortes violentas intencionais (MVI), especialmente dos homicídios dolosos.
A taxa nacional apresenta queda quase ininterrupta desde então, com exceção do ano de 2020. Entre 2012 e 2024, a redução foi de 25%, com quedas registradas em todas as regiões do país: no Norte, a redução foi de 21,2%; no Nordeste, de 11,4%; no Centro-Oeste, de 43,7%; no Sudeste, de 32,4%; e no Sul, de 37,2%.