Na manhã de terça-feira (22), 250 famílias organizadas pelo MST na Bahia ocuparam a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba) no município de Juazeiro. Outras 200 famílias ocuparam a sede do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do médio São Francisco.
A ocupação denuncia o descumprimento de acordo feito entre MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrario) e Codevasf para o assentamento de mil famílias no perímetro irrigado Nilo Coelho, parte através do INCRA e parte em área cedida pela Codevasf.
“O acordo foi firmado desde 2008. Depois de todos esses anos, na retomada do governo Lula, foi prometido pelo Incra que as famílias seriam assentadas em uma área devoluta de 15 mil hectares. Absolutamente nada andou. O socorro veio do Governo da Bahia, que alojou as famílias em uma área pequena, mas o MDA e o INCRA Nacional não operaram nada”, disse José Mota, da direção estadual do MST (Movimento dos Sem Terra) Bahia.

Segundo Mota, a Codevasf se comprometeu com a logística de deslocamento das famílias e com projetos hídricos para a produção agrícola. “A Companhia cumpriu esse acordo em parte. Mas se o MDA não honrar suas promessas, as familias efetivamente ficam desamparadas. Já vamos pro último ano de governo Lula e MDA tá mais preocupado em emitir nota que em resolver o problema real das famílias. A equipe atual se demonstra ineficiente”, disparou.
O MST promove a “Semana Camponesa” com uma série de ocupações no Brasil. Ainda na Bahia, 350 pessoas do Movimento também ocuparam a Ceplac ( Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) em Itabela, no Extremo Sul. No caso, as negociações foram iniciadas em 2011 e até hoje o MDA não resolveu os acordos feitos com multinacionais papeleiras para o assentamento de famílias da região em áreas vinculadas à Superintendência do Patrimônio da União e a própria Ceplac,
CN | Ascom deputado Valmir Assunção