Território do sisal – O cenário político de Itiúba começa a se reorganizar após a morte da ex-prefeita Cecília Petrina, ocorrida em 31 de agosto, aos 79 anos. Seus aliados já se mobilizam para garantir a continuidade do projeto que ela construiu ao longo de décadas.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município e vice-presidente da federação que reúne o PT Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV), Geovaldo Odilon Oliveira, afirmou que o grupo segue unido e disposto a manter viva a bandeira defendida por Cecília.
Segundo Geovaldo, a ausência da ex-prefeita não provocará dispersão entre os militantes que integram sua base política. “Com a ausência de Cecília, o grupo mantém-se unido, permanece unificado em torno do projeto que ela representava. Cecília foi do PT a vida toda, e ultimamente estava no PCdoB, mas partiu-se com os irmãos e todos nós, tanto do PT quanto do PCdoB e PV, permanecemos unidos em torno do projeto político e de sociedade que Cecília defendia. Com certeza, agora, com a falta dela, o projeto continua mais vivo do que nunca. Já tivemos algumas conversas rápidas com companheiros, mas o sentimento é único: a luta continua”, declarou.

A manifestação do dirigente petista reforça a ideia de que, mesmo com a perda de uma liderança histórica, o grupo busca preservar a unidade e a coerência com os ideais defendidos por Cecília, garantindo que sua ausência não interrompa o trabalho de transformação social que ela iniciou.
Trajetória de Cecília Petrina
Mineira de origem, Cecília Petrina teve uma trajetória marcada pela fé, pela militância e pela defesa incansável dos mais humildes. Religiosa na juventude, tornou-se advogada e ingressou na vida pública impulsionada por causas sociais, especialmente a luta por direitos dos trabalhadores rurais e das comunidades tradicionais do sertão baiano.
Sua vida política foi quase toda dedicada ao Partido dos Trabalhadores, legenda pela qual governou Itiúba em dois mandatos, e mais recentemente integrou o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que lhe garantiu o terceiro e último mandato como prefeita do município.

Mesmo enfrentando derrotas nos primeiros passos da carreira eleitoral, Cecília conquistou respeito por sua firmeza, coerência e proximidade com o povo. Sua morte deixa uma lacuna profunda na política baiana, mas o legado de compromisso social que construiu continuará inspirando seus aliados e a população que acompanhou sua trajetória.