A Polícia Civil da Bahia investiga a morte do vereador Gleiber Júnior (Avante) e do assessor Diego Castro Reis, assassinados a tiros na madrugada do último domingo (9), em um sítio da família do parlamentar, na zona rural de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano.
Durante a perícia no local, os agentes encontraram sacolas com aproximadamente R$ 2 milhões em dinheiro, além de diversos cheques, o que ampliou as suspeitas de envolvimento do vereador em esquemas financeiros ilícitos.
Gleiber Júnior, de 36 anos, cumpria o primeiro mandato e já havia sido preso anteriormente, por ameaças, estelionato e fraude. Ele também era investigado por possíveis ligações com empresários suspeitos de lavagem de dinheiro.
Fazenda em Canudos também é alvo de investigação
Entre as denúncias que envolvem o nome do vereador está uma suposta fraude na negociação de uma fazenda no município de Canudos, no norte do estado. A propriedade, conhecida como Fazenda Anaí, tem cerca de mil hectares e fica às margens da BR-116, próxima ao distrito de Bendegó.
O parlamentar municipal tinha um histórico de conflitos e registros policiais. Conforme dados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gleiber já havia sido investigado por ameaça, invasão de propriedade e receptação — crime pelo qual chegou a ser preso em flagrante em 2019, em Feira de Santana, sendo liberado após pagar fiança de R$ 7 mil.
Investigações em andamento
As investigações são conduzidas pela Delegacia Territorial de Santo Amaro, com apoio do Departamento de Polícia do Interior (Depin).
As autoridades trabalham com a possibilidade de que o assassinato esteja relacionado a disputas financeiras e práticas ilegais envolvendo o vereador.
O caso está sendo acompanhado de perto pela Polícia Civil.




