As chuvas que caíram nos últimos dias no Território do Sisal agravaram ainda mais a situação do trecho da BA-120 que liga Queimadas a Monte Santo, onde as obras de asfaltamento seguem paralisadas após determinação judicial. O que já era considerado um percurso arriscado para motoristas se transformou em um cenário de transtornos, prejuízos e perigo iminente.
Segundo a empresa Augúrio Construções, responsável pela intervenção antes da suspensão, os serviços de terraplanagem estavam em fase avançada. A construtora afirma que, mesmo durante a execução, alertava os condutores sobre os riscos naturais de material solto, como areia e cascalho — comuns nessa etapa da obra. No entanto, com o volume de chuva registrado, novos problemas vieram à tona.
Agora, buracos profundos surgiram em vários pontos da rodovia, comprometendo totalmente a fluidez do tráfego. Em trechos onde antes já havia necessidade de atenção redobrada, a erosão causada pela chuva provocou crateras que impedem a passagem segura de veículos.

A situação ficou ainda mais crítica quando dois caminhoneiros, ao tentarem desviar dos buracos localizados no centro da pista, decidiram utilizar as laterais da estrada. O solo encharcado não resistiu ao peso dos veículos e cedeu, fazendo com que ambos os caminhões ficassem à beira do tombamento. Por pouco, as ocorrências não resultaram em acidentes.
Moradores, condutores e trabalhadores locais relatam que o trecho se tornou praticamente intransitável, reforçando a preocupação com a paralisação das obras em um período tão sensível. A expectativa é de que as autoridades responsáveis encontrem uma solução emergencial para garantir segurança e condições mínimas de circulação enquanto a situação judicial não é resolvida.
O episódio reacende o debate sobre a urgência da recuperação da BA-120, uma via essencial para o deslocamento de moradores, transporte de mercadorias e desenvolvimento regional — agora ainda mais prejudicada pela combinação entre obras suspensas e a força das chuvas.



