O Ministério Público do Estado da Bahia atuou nos 480 júris realizados no estado durante o ‘Mutirão Nacional do Júri’, promovido no último mês de novembro. O número de júris superou em 213% a média mensal do ano de 2025, que contabiliza um total de 2.013 júris.
A atuação dos promotores de Justiça, que sustentaram teses de acusação de crimes de homicídio e feminicídio, garantindo condenações de réus em comarcas de todo o estado, foi elogiada pela coordenadora do Núcleo do Júri do MPBA (NUJ), promotora de Justiça Mirella Brito. Ela registrou que a “intensificação das sessões permitiu respostas definitivas em diversos casos, trazendo segurança jurídica e esperança às famílias”.
Para Mirella Brito “o mutirão do Tribunal do Júri, ao julgar processos que estavam represados, demonstra que o Estado Democrático de Direito está ativo, vigilante e comprometido com a responsabilização dos autores de crimes contra a vida”. Ela ressaltou que, ao enfrentar a violência com seriedade e celeridade, o Júri reafirma “seu papel pedagógico e pacificador, mostrando que a impunidade não é tolerada e que cada julgamento representa um cuidado real com a sociedade e um passo concreto rumo a um ambiente mais justo e seguro”.
Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), o promotor de Justiça Adalto Araújo acredita que o mutirão é “uma ação mais que necessária e de inestimável valor para a sociedade”. O incremento na realização desses julgamentos sinaliza, para toda a sociedade, que o Sistema de Justiça tem buscado dar repostas mais céleres aos crimes mais graves que existem, os crimes contra a vida, sintetizou ele, ressaltando que “nesse sentido, o MPBA tem atuado incansavelmente na defesa da vida, através do esforço e suor dos seus promotores criminais em todos os cantos da Bahia”. “Construir uma sociedade com menos violência e mais justiça é o que queremos”, frisou.




