Moradores do povoado Tanquinho, no município de Valente, território do Sisal, estão preocupados com o surgimento repentino de rachaduras em residências . A situação despertou ainda mais apreensão após boatos circularem sobre um possível tremor de terra ocorrido na sede do município, a cerca de 5 km de distância.

A reportagem do Calila Notícias esteve no local e constatou rachaduras visíveis em pelo menos quatro imóveis residenciais, além de uma academia de musculação localizada do outro lado da rua, onde o proprietário também identificou uma fissura na parede.
A primeira moradora a perceber o problema foi a dona de casa Lurdes Oliveira, que relatou ter notado as rachaduras por volta das 16h40 do sábado (17), enquanto estava sentada no sofá. “Misericórdia, o que é isso? Será que é cupim?”, foi sua reação inicial ao avistar uma fenda na parede da sala. “Levantei e fui olhar melhor, vi que eram rachaduras e chamei meu esposo. Depois notamos que tinha em outros cômodos da casa também”, contou ela.

Preocupada com a estrutura da residência, dona Lurdes chegou a ser convidada pelos filhos, que moram na sede do município, para passar a noite fora de casa, mas optou por dormir em outro quarto da própria residência. Na manhã deste domingo, ela percorreu casas vizinhas e constatou o mesmo tipo de problema em ao menos quatro delas.

Outra moradora, a senhora Renilda, também relatou ter identificado rachaduras em sua casa, mesmo após ter feito uma reforma recente. “Pintei tudo tem uns dois meses e agora já apareceu rachadura em três ou quatro pontos”, contou.

Apesar dos rumores de tremor de terra, nenhuma das moradoras relatou ter sentido vibrações ou qualquer fenômeno incomum no momento do surgimento das rachaduras.
Dois engenheiros civis, Laércio Júnior e Antônio Marcos, estiveram no local para avaliar os danos. Segundo eles, as rachaduras não têm características de evento sísmico. A hipótese mais provável, segundo os profissionais, é de que infiltrações estejam comprometendo a estrutura das construções, o que pode ter levado à formação das fissuras. Eles também descartaram, com base em observações técnicas, qualquer indício de abalo sísmico recente na região, reforçando que os rumores não passam de boatos.

O caso segue gerando apreensão entre os moradores, que agora aguardam uma análise mais aprofundada para entender as causas do fenômeno e garantir a segurança das edificações.
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