Depois de 12 anos, o mapa de distribuição das religiões no país voltou a ser atualizado. Dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6), mostram que o número de evangélicos cresceu 42,7% na Bahia, enquanto que o catolicismo reduziu em 9,4% o número de fiéis. Mas você imagina quais são as cidades com a maior presença de cada uma das religiões? Conheça abaixo. Reportagen do Correio.
Localizada a 710 quilômetros de distância de Salvador, a cidade de Tanque Novo, no centro sul baiano, é a mais católica do estado. Por lá, nove a cada 10 moradores se dizem católicos, segundo o Censo 2022. A proporção é a maior entre todos os municípios da Bahia e atinge a marca de 93,8%. A cidade possui 17,1 mil habitantes e foi fundada na década de 1950, a partir da abertura de um tanque pela família Alves Carneiro.
Tanque novo é vizinho de Botuporã, a segunda cidade mais católica da Bahia. Por lá, a proporção também é de 93,8%, segundo o IBGE. Dom Basílio, no centro sul, aparece em terceiro lugar, com 93,2% da população católica. Apesar das proporções significativas, os municípios não aparecem na lista dos mais católicos do Brasil.
Conforme o IBGE, há 20 cidades brasileiras em que o percentual de seguidores da Igreja Católica ultrapassa os 95% da população. Destas, 14 estão no Rio Grande do Sul. A mais católica do país é Montauri (RS), que tem 98,3% da população formada por católicos. Por outro lado, na Bahia, os municípios com as menores proporções de católicos são Simões Filho (29%), Catu (32,2%) e Dias D’Ávila (32,2%).
Religião evangélica
Os evangélicos representam 23,3% da população baiana – a porcentagem é inferior à nacional, que é de 26,9%. Ainda sim, o crescimento é significativo. As igrejas evangélicas possuem 2,8 milhões de fiéis baianos, um aumento de mais de 40% em 12 anos. De acordo com o Censo, Mucuri, no centro sul, tem a maior proporção de evangélicos da Bahia.
Na cidade, 38,6% dos moradores se consideram evangélicos. A cidade tem 37 mil habitantes e é a mais antiga cidade independente da região administrativa do extremo sul do estado. Em seguida, no ranking de municípios baianos mais evangélicos estão Simões Filho, Nova Ibiá, Itapetinga e Nova Viçosa, cada um deles com 37,4% da população de 10 anos ou mais evangélica.
O município de Arroio do Padre (RS) desponta no ranking nacional como o reduto mais evangélico do Brasil, com praticamente 89% de seus 2,6 mil moradores praticantes da religião. Seis das dez cidades com maior população evangélica no país são do Rio Grande do Sul.
Religiões de matriz africana
Entre 2010 e 2022, na Bahia, os adeptos de umbanda e candomblé triplicaram, saindo de 42,9 mil para 123,3 mil. Apesar disso, a proporção ainda é pequena: 1% de toda a população baiana. A presença de religiões de matriz africana é mais intensa em Itaparica, onde 6,3% dos moradores se dizem praticantes de umbanda ou candomblé. Em segu
Em seguida, aparecem cidades do Recôncavo, onde a cultura africana é intensa desde a época colonial: São Félix (3,7%), Cachoeira (3,6%) e Salinas da Margarida (3,6%). O Rio Grande do Sul aparece mais uma vez no todo dos estados brasileiros, dessa vez com a maior proporção de adeptos da umbanda e do candomblé. Os dados mostram que 3,2% da população gaúcha segue alguma religião de matriz africana. No Brasil, essa proporção é de 1%
Religião espírita
O número de pessoas declaradas espíritas, assim como ocorreu com os católicos, diminuiu na Bahia em 12 anos. A redução foi de 14,5%, e elas representam 1% de toda a população baiana. A cidade mais espírita do estado é Barra do Mendes, no centro norte, onde 4,5% dos moradores são adeptos ao espiritismo. Aparecem, em seguida, Palmeiras (3,4%) e Lauro de Freitas (2,9%).
Salvador aparece na 5ª posição, com 2,4%. Em 54 cidades baianas não houve registro de espíritas. A cidade de Palmelo, em Goiás, tem a maior proporção de espíritas do Brasil, com 42,6%. O município tem 2,2 mil habitantes.