Um homem suspeito de matar e ocultar os corpos das amigas Tamara Trindade da Silva, 28 anos, e Mayane Coelho Brandão, 20, foi preso nesta quinta-feira (2), após se entregar, na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. As jovens estavam desaparecidas há uma semana.
Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito, que não teve o nome revelado, indicou aos policiais da Delegacia Territorial (DT) de Simões Filho o local onde os corpos foram abandonados.
As buscas foram concluídas por policiais e bombeiros militares, que encontraram os corpos em um córrego situado em uma área de mata na cidade. Familiares das vítimas fizeram o reconhecimento.
De acordo com a polícia, o homem contou que os crimes ocorreram na noite de 25 de setembro, no bairro do Cia II. As duas foram vistas com vida pela última vez durante a madrugada.
Conforme o delegado Jader Oliveira, responsável por investigar o caso, o preso relatou que teve um relacionamento amoroso com uma das vítimas, que, em determinada ocasião, teria lhe furtado um dinheiro. O valor não foi detalhado.
O suspeito disse ainda que, ao encontrar a ex-companheira, decidiu cobrar a “dívida”, o que gerou uma “discussão acalorada” e culminou nas agressões fatais. Ele matou as mulheres com golpes de faca e machado.
O delegado informou que investiga a participação de mais um suspeito no crime. Ele contou ainda que vai solicitar a prisão preventiva do homem encontrado nesta quinta, que deverá ser submetido à audiência de custódia na manhã de sexta-feira (3).
Os corpos foram levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passarão por perícia.
Em entrevista para o Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia, um familiar de Mayane lamentou o crime.
“Mayane era uma menina amorosa, não guardava mágoas de ninguém. É difícil para a família, porque a índole dela era boa. Uma pessoa amorosa, que não dava para sentir raiva e nem odiar”, disse o homem, que preferiu não revelar a identidade.
Desaparecimento
Segundo informações de familiares, Tâmara Trindade e Mayane Coelho eram amigas há quatro anos e costumavam passar o dia juntas. Com isso, no dia 18 de setembro, Mayane saiu de casa, no bairro Ponto Parada, para passar um tempo na residência da amiga, no Cia II. O último contato que ela fez com a família foi no dia 24.
Na noite do dia do desaparecimento, as duas saíram para beber em um depósito de bebidas localizado em frente a um cemitério e não retornaram. Uma câmera de segurança registrou as duas em uma motocicleta, por volta de 0h do dia 25 de setembro.
De acordo com familiares, o celular de Mayane Coelho estava quebrado e o de Tâmara Trindade, desligado.
Tâmara trabalhava como atendente em um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em Salvador. Mayane, que não estava empregada, é mãe de uma menina.